sexta-feira, setembro 18, 2009

MÚSICA CRISTÃ - DANÇA


ORAR OU REZAR?

E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Mateus 6:7.

Certo dia, ao estudar a Bíblia com um grupo de interessados, perguntaram-me qual era a diferença entre orar e rezar. Respondi-lhes que, na realidade, não deveria existir diferença de significado entre as duas palavras. Entretanto, ao longo dos anos, elas passaram a ser usadas de formas diferentes.

O verbo rezar passou a ter o significado de uma oração ou frase previamente estabelecida, que deveria ser repetida tantas vezes quantas desejadas ou ordenadas. Com isso, se pleitearia alcançar alguma graça. Esse costume levou à prática das ladainhas, ou seja, das rezas simplesmente mecânicas.

Pode até ser que o costume de rezar tenha surgido inicialmente do fato de Jesus ter ensinado a Seus discípulos a oração modelo, o "Pai Nosso". No entanto, temos de levar em conta que foi justamente antes de lhes propor a oração modelo que o Mestre os advertiu, dizendo: "E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos." Mat. 6:7.

E a oração? A oração é o ato de uma pessoa dirigir-se a Deus em comunhão com Ele, para apresentar-Lhe louvor e gratidão, bem como necessidades e pedidos. Ellen G. White, com palavras simples, porém próprias, escreveu que "a oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo". Gosto muito dessa definição. A oração é a áurea oportunidade que Deus nos dá de conversar e manter com Ele um relacionamento pessoal de amizade. Não existe nenhum conflito entre o conselho de Jesus para não usarmos de vãs repetições, e a oração modelo. A lição foi bem clara e taxativa. Não é por muito falar que seremos ouvidos. Deus olha para a sinceridade e a fé que temos.

Todavia, cabe agora uma reflexão: Não poderíamos estar incorrendo em erro semelhante aos que rezam mecanicamente, ao orarmos à mesa para as refeições, ao lado da cama para dormir, ou mesmo nas orações públicas? Se gravássemos essas orações e as ouvíssemos, não poderíamos também ficar surpresos com mecânicas repetições? Pensemos seriamente nisto.